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segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Porque eu torço algumas vezes por atletas e lutadores estrangeiros
Final de semana que passou todo mundo estava falando da luta no UFC entre a Ronda Rousey e a Bethe Correia. Depois de meses cravando vitória por nocaute, Bethe Correia acabou derrubada por Ronda Rousey logo aos 34 segundos do duelo no UFC Rio 7.
A lutadora brasileira causou muito para conseguir esta luta. Xingou a americana que também não é uma lady mas o que mais causou foi ela ter metido o pai da americana no meio das provocações. O pai da lutadora americana se suicidou quando ela era uma criança. A brasileira pegou pesado. Nunca gostei de pessoas que passam dos limites em provocar quer isso seja circo ou palavras reais.
Pois bem, a lutadora brasileira ameaçou, fez uma bagunça e tudo o mais pra conseguir a luta. Vendeu uma imagem do Brasil sombria, vulgar, escrota. Para finalizar começou a apelar para feminismo, vitimismo e um nacionalismo pega-bobos de "por favor, sou brasileira me ajudem". Entrou no ringue ao lixo musical daquela outra mulher vulgar, Valesca, e seus gritos doentios chamados de "beijinho no ombro". Uma mistura de cafonice, vulgaridade, ostentação. Ronda permaneceu alheia as provocações e detonou a brasileira em poucos segundos. Eu vibrei.
Nunca gostei de lutas. Pratiquei judô quando menina por causa do condicionamento físico mas nunca gostei. Hoje mais velha, acompanho os assuntos por serem temas de debate. Minha família adora. Faço esportes mas nunca tive esta mentalidade de lutar. O brasileiro luta muito em todos os setores. O que nos faz falta é pensar.
Nesta luta, nesta luta deixei o meu patriotismo na gaveta. O nacionalismo cego? Este nunca tive. Joguei no lixo. Nunca gostei da lutadora Ronda embora seja claro que ela tem talento. Sempre torci contra ela não por ser americana mas por ela ser arrogante. Sei que nos esportes a arrogância e o ego as vezes se misturam com a autoconfiança. Mas falando desta luta que passou, a brasileira funkeira feminista sem carisma, talento e com sobras de mal gosto fez a americana parecer um anjo.
Torcer por uma pessoa estrangeira não me faz menos brasileira ou vira-lata. Lutadores, times, atletas são profissionais. Não estamos em guerra, isso não é pessoal. Conheço americanos e canadenses que torcem por brasileiros desde que tenham carisma, talento ou uma mistura de ambos com uma certa dose de humildade. Você pode morar aqui nos EUA, Brasil ou outro lugar do exterior e torcer para quem quiser. Hipocrisia é ficar pagando de brasileiro nacionalista e nunca ir ao Brasil de férias enquanto ganha aqui em moeda estrangeira. Ser patriota é uma coisa, levar o bom do Brasil para qualquer lugar: trabalho, garra, raça, respeito. E quem sabe um pouco de pragmatismo, humildade e talento.
Esta lutadora brasileira feminista funkeira que vende uma imagem do Brasil torta nunca teve nada disso. Patricinha mimada que não sabe o que é respeito.
Parabéns Ronda, não sou sua fã mas você lutou muito.
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