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quarta-feira, 1 de julho de 2015

A favelização da cultura brasileira ou como o Brasil vende a favela como sinônimo de Brasil



Muita gente percebe este fenômeno mas ninguém entende: Como o Brasil vende a favela como sinônimo de Brasil e a favelização da cultura brasileira. Isso serve para nossos artistas, nossa TV lixo e nossa cultura que anda cada vez pior. Ou para um povo burro que mora aqui no exterior.

Ou seja, o povo reclama da pobreza, das péssimas condições de vida na favela, do crime organizado, reclama da falta de educação e estrutura MAS AO MESMO TEMPO LOUVA A POBREZA E A FAVELA.

No exterior não é incomum ao saberem se você é brasileira ou brasileiro perguntarem como é a favela. E todos ficam surpresos quando você diz que nem todo o Brasil é favela. Mas sempre existe um tipo de brasileiro (em geral fluminense como eu ou paulistano na maioria) que prega aquela imagem fantasiosa da favela como uma terra livre feita somente de pessoas inocentes mas oprimidas pelo capitalismo, pelos estrangeiros ou qualquer outra coisa criada pela mente de um professor do MEC. Aquele mito do bom selvagem que os eleitores do PT adoram usar.

Ao recebermos governantes de outras nações a nossa presidantA leve eles aonde? Favela.
Se alguém assistir aquela programa lixo da globo chamado Esquenta a favela parece o paraíso mas aonde ninguém quer morar lá. Mas como propaganda o povo adora dizer "sou favelado com orgulho" mesmo que reclame das condições de vida da favela .
O Brasil um certo tempo atrás possuía arte de qualidade. Muitos artistas bons nasceram ou foram criados na favela mas se destacaram pelo verdadeiro talento. E hoje? Marginais que se dizem cantores, periguetes feministas que se dizem artistas mostram a traseira e a vagina em plena rede nacional na maior vulgaridade. Exemplo total de valores invertidos e favelização da cultura brasileira.

Falar um português correto (ou tentar) hoje é errado. Bonito é falar mesmo como um marginal do Comando Vermelho mesmo que você more na Zona Sul e seja um riquinho mimado. Observo isso em novelas, na TV (especialmente a TV Globo) e outros programas. O pessoal se esforça para usar gírias em 90% das frases, força um sotaque de marginal e ainda tem orgulho disso.

Conjugar um verbo corretametne e pensar é "opressaum".

Mas esta mesma galera reclama da imagem do Brasil. 
 

Se você discordar tudo isso você imediatamente é classificado como "elite branca capitalista" mesmo queta sido pobre. Mas é essa galera que faz fotos ostentando no Facebook ou que quer comprar calça de 300 reais. A mesma galera que faz os pais trabalharem como gado para sair nas redes sociais com o tal funk ostentação.

Até no esporte existe isso. Lutadores de MMA, jogadores de futebol e  artistas de artes marciais adoram falar da favela como terra prometida. Pagam de sofredores, que vieram de lá e tudo o mais (vitimismo barato) mas a grande maioria quer vir aqui para os Estados Unidos, Canadá ou Europa tentar a sorte.


Pergunta: Se a favela é tão boa porque não ficam por lá?

https://www.youtube.com/watch?v=ZXK4vpofx7g

Por isso o Seu Jorge é um cara que deve ser admirado sobre este assunto. Veio da favela e mostrou a realidade como ela é sem síndrome do bom selvagem ou propaganda esquerdista:

Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.

O patrulheiro que fica me enchendo o saco, dizendo “Pô, o Jorge agora mora nos Estados Unidos”, tem que se lembrar do seguinte: eu era morador de rua, um fodido e meu dinheiro eu fiz centavo por centavo sem sacanear ninguém, sem roubar ninguém. O Brasil em que eu acredito é esse que está na Avenida Paulista ralando; é o Brasil do motoboy, das mães solteiras fazendo faxina como diaristas, dos garçons, dos seguranças. Esse é o meu Brasil, eu vim daí. Agora, vem essa galerinha de Facebook e de Twitter [falar de mim]. Pô, morre e nasce de novo para poder chegar perto de mim, morou?  

Seu Jorge 

Disse tudo, Seu Jorge. Menos vitimismo e socialismo. Mais lógica e coerência. Também sou de origem pobre mas este vitimismo imbecil e hipocrisia é típico de zumbis da Globo que não pensam. Se voce mora no exterior mostre o lado bom de onde você veio. Não force uma falsa brasilidade para mostrar o que os gringos verem ver. O Brasil é bem maior que o Rio de Janeiro.

 

4 comentários:

  1. A exaltação das favelas como um santuário do Brasil "autêntico" e local onde viceja a cultura popular vem desde os tempos do Estado Novo de Vargas, no bojo daquela onda de nacionalismo e nativismo, busca por raízes, sob a influência do fascismo italiano, mas também com o propósito de domesticar certas manifestações tidas como incômodas pela sociedade de então, como o carnaval, o samba e a capoeira. De lá para cá gerações de intelectuais e produtores culturais têm se esforçado por vender uma visão idealizada da favela, do cinema novo dos anos 50 aos atuais programas da Globo. Mas quem mais compra essa imagem são mesmo os estrangeiros, daí que não seja surpresa que qualquer autoridade estrangeira em visita ao país seja levada para as favelas. O motivo dessa preferência é que a visão da favela chancela uma dicotomia Selvagem X Civilizado que agrada muito ao ego dos estrangeiros, em particular os daqueles vindos de países que no passado foram grandes colonialistas. A mesma satisfação que têm ao visitar tabas de índios ou aldeias das mulheres-girafas da Birmânia, tanto que os turistas pagam para fazer tour por favelas, indo em veículos tipo todo-terreno com guias uniformizados como se fossem a um safari.

    Mas se houve alguma ingenuidade nessa intenção de promover a favela à posição de ícone nacional, essa já se perdeu há muito tempo. É notório que a manifestação cultural padrão da favela hoje em dia seja o funk, melhor dizendo o rap, ou Miami-Bass, mera imitação dos guetos norte-americanos que não tem qualquer raiz na cultura popular brasileira. Onde foi parar o samba?

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    1. Oi Pedro. Interessante o seu ponto de vista. Posso escrever sobre isso?

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    2. Muito interessante seu comentário. Eu ignorava as raízes varguistas do fenômeno de glamourização da favela. Você pode me indicar alguma literatura sobre isso?

      Achei muito perspicaz também sua observação sobre como estrangeiros de antigos países colonialistas tendem a comprar essa imagem idealizada das favelas. Isso explica também a condescendência politicamente correta de alguns setores progressistas de países ocidentais com comportamentos incivilizados de cidadãos do antigo terceiro mundo, como se a condição pregressa de seus países fosse alguma espécie de salvo conduto para a selvageria.

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  2. Tive uma agradável surpresa ao ler esse texto. Como você mesmo colocou, a favelização cultural no Brasil é um fenômeno real e perceptível mas,ao mesmo tempo complicado de tratar porque intangível.

    Ultimamente, o processo de glamourização da cultura do gueto, empreendido por uma "elite intelectual" ideologicamente alinhada com os valores do partido que ocupa o executivo,tem pintado a favela com cores no mínimo condescendentes, ignorando por razões políticas que se trata de um lugar onde, em última análise, prevalece a lei da selva.

    Fico impressionado com a escassez de pontos de vista como o seu na internet em português. Por onde quer que eu vá, a favela é sempre tratada como no intragável programa da apresentadora que angariou fama e fortuna fazendo pose de ralé.

    Também escrevi sobre isso no meu blog, relacionando o culto à favela com as ferramentas de engenharia social adotadas pelo governo mundial do Admirável Mundo Novo de Huxley para manter os cidadãos acomodados com sua condição.

    Ficaria grato se você lesse e desse um feedback.

    http://www.minoriadeum.blogspot.com.br/2015/11/a-favela-no-mainstream.html?m=1

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